terça-feira, 26 de março de 2013

A fluidez do tempo



Viver de modo manselinho.
Beber água em goles demorados.
Dormir sob as árvores do caminho
Ir com o vento para todos os lados

Ter na alma a embriaguez do vinho
e a mansidão dos lagos parados,
e a música dos astros, de mansinho
retomada em versos inspirados.

Estar, como estão, as árvores na paisagem
Percorrer a lonjura dos desertos.
Sem marca alguma da minha passagem.

Pousar um olhar de mansa quietude
Nas linhas repousadas do teu corpo
Torvelinho do vício e da virtude.


Jorge Viegas
(Poeta/Escritor Moçambicano)

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